terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ecos espontâneos – Balsas/MA

Imagem da oficina em Caxias
Cheguei há pouco da apresentação teatral “Velhos caem do céu como canivetes”, no auditório do Colégio São Pio X. Numa produção de Kátia Lopes, Atuação de Jorge Choairy e Cláudio Marconcine, encenação, figurino, cenário, iluminação e texto de Marcelo Flecha, a peça traz reflexões, entre tantas, sobre um “eu” ao mesmo tempo coletivo que, apesar de limitado fisicamente por uma situação determinista e... de resistente ao diferente, é ao mesmo tempo exótico, fluido e rende-se aos “estados de coisa” que permeiam a nossa vida; à realização onírica de nossos desejos, enfim, sobre um chão ou céu movediço em que pisamos ou onde voamos. O diálogo, de cunho filosófico, reflete uma profunda preocupação com o homem e com a crise moral e social dos tempos atuais, certamente ocasionada pelas diferenças sociais, pelas mudanças de tempo e pelos tempos de mudança, e satiriza este homem moderno, que se afoga num consumismo desenfreado. A mim, encantou-me mais o fato de a peça ter recuperado a metáfora da Torre de Babel, da criação e da difusão das línguas no mundo, com que sempre trabalho com meus alunos, e a ênfase na relação existente entre a linguagem, a cultura e o pensamento. A Secretaria Municipal de Cultura está de parabéns pela valorização desta modalidade de espetáculo público, o teatro, trabalho artístico criado para instruir sobre certos princípios, valores, e que realmente geram o crescimento intelectual dos jovens.
Maria Célia Dias de Castro
 

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