Imagem da oficina em Caxias |
Cheguei há pouco da apresentação teatral “Velhos caem do céu como canivetes”, no auditório do Colégio São Pio X. Numa produção de Kátia Lopes, Atuação de Jorge Choairy e Cláudio Marconcine, encenação, figurino, cenário, iluminação e texto de Marcelo Flecha, a peça traz reflexões, entre tantas, sobre um “eu” ao mesmo tempo coletivo que, apesar de limitado fisicamente por uma situação determinista e... de resistente ao diferente, é ao mesmo tempo exótico, fluido e rende-se aos “estados de coisa” que permeiam a nossa vida; à realização onírica de nossos desejos, enfim, sobre um chão ou céu movediço em que pisamos ou onde voamos. O diálogo, de cunho filosófico, reflete uma profunda preocupação com o homem e com a crise moral e social dos tempos atuais, certamente ocasionada pelas diferenças sociais, pelas mudanças de tempo e pelos tempos de mudança, e satiriza este homem moderno, que se afoga num consumismo desenfreado. A mim, encantou-me mais o fato de a peça ter recuperado a metáfora da Torre de Babel, da criação e da difusão das línguas no mundo, com que sempre trabalho com meus alunos, e a ênfase na relação existente entre a linguagem, a cultura e o pensamento. A Secretaria Municipal de Cultura está de parabéns pela valorização desta modalidade de espetáculo público, o teatro, trabalho artístico criado para instruir sobre certos princípios, valores, e que realmente geram o crescimento intelectual dos jovens.
Maria Célia Dias de Castro
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