sábado, 18 de agosto de 2012

Fim da 3ª Jornada


Belo Horizonte, 14 de agosto, 00:27 AM.
Em São Paulo, a última apresentação trouxe a agradável companhia da dulcíssima amiga Flávia Teixeira. Com ela, a abertura do debate – aqueles corriqueiros primeiros minutos de silêncio constrangedor, até que a confiança aparece e o espectador se derrama em análises, observações, comentários e revelações pessoais. Desmontagem finda e o papo com o querido Armando para tirar o atraso de alguns anos sem nos ver. Dia dos pais e outro Prato da Boa Lembrança. Manhã vinda, e Maria Estela, nosso anjo da guarda, nos alcança até o aeroporto. Já em Belo Horizonte, a recepção de Patrícia, almoço, mercado central (outro para nossa coleção), e a noite termina com um jantar inesquecível com a figuraça do Zé Carlos, tio de Jorge, prosador de primeira. Amanhã Pai & Filho e sua 84ª apresentação.

Brasília, 15 de agosto, 10:57 AM.

Uma plateia divina! Casa lotada, público generoso, atento, disposto – uma das melhores relações que o espetáculo teve com o espectador. Longo debate – todos eles são – e a dúvida: às vezes tenho a impressão de que o debate entedia o espectador, mas, como continuam ali, perguntando, não vejo razão para parar (risos). No dia, a montagem e o almoço formidável com Zé Carlos e Shirley, em uma tarde que pressagiava a bela noite por vir. No fim, outro prato, outro Chopp, outro papo, outra cama. Agora, no aeroporto de Brasília, à espera do embarque para São Luís.


São Luís, 18 de agosto, 10:48 PM.

A 3ª Jornada do Palco Giratório nos apresentou uma realidade muito diferente da nossa. Sessões esgotadas desde o início de mês em São Paulo, superlotação – com gente sentada no chão – em Belo Horizonte e mais de oitenta pessoas em Curitiba. Nos três casos, o espectador não fazia ideia de quem éramos. Como transformar a fruição de teatro em habito? Como desabitar a sala da TV? Como povoar as casas de espetáculos? Na discussão de ontem, com Katia, Jorge e André, a educação foi consenso. Contudo, ainda reflito sobre a qualidade do vem sendo produzido em nosso estado nas últimas décadas.  Creio que o bom espetáculo robustece o habito do espectador. Há quanto tempos não vemos uma peça arrebatadora? A peleja do artista deveria ser contra a mediocridade.

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