sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

É ladrão de homem

Trauma

Já falei de clowns aqui e aqui. Acho que o assassinei. Quase um natimorto. Depois de Luis Casali e Fernando Vieira, acho que vou forçar um pouco mais a barra, agora com Ciléia Biaggioli. Por que algumas coisas não se efetivam? Birra? Vou pelo avesso, pela porta de trás ou arrombar a única janela que existe naquela casa sem teto, sem paredes, sem penico. Só uma janela em uma casa tardia. É que penso que há um espaço, uma lacuna, na vida de qualquer ator digno, a eterna busca de uma completude que não existe. Ser palhaço é formalizar um outro estado em seu corpo, é dar a ele uma oportunidade de percepção outra além dos treinamentos que determinam seu ritmar enquanto profissional, como deixar de comer aquilo que comumente ingere. 
Preciso de um prato com fezes

É uma angústia que me acompanha (sou um ser angustiado, sempre) e que preciso minimizar. Assim, tentativa e erro, um acerto e um equívoco. Se for melhor de três, estou tentado a pagar para ver - literalmente. Quem sabe assim, as ruas de São Luís voltem a ver esse reles-ator-medíocre mais uma vez nas praças, mostrando a cara para levar uma tortada além da virtualidade ou do conforto de um espaço coberto.

Nenhum comentário: